Leon Hirszman (1937-1987) foi um cineasta brasileiro, um dos expoentes do denominado Cinema Novo (movimento de renovação temática e estética do cinema brasileiro dos anos 1960), que se destacou por um forte viés social. Nascido no Rio de Janeiro filho de imigrantes judaico-poloneses, ingressou no Partido Comunista aos 14 anos, influenciado pelo pai. Formou-se pela Escola Nacional de Engenharia, mas nunca exerceu a profissão. Já na faculdade, tornou-se frequentador assíduo de cineclubes. Seu primeiro contato com o cinema foi em 1957, como ajudante de produção do filme Rio, Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos. Em 1962, foi um dos fundadores do Centro Popular de Cultura, tornando-se responsável pelo setor de cinema. No CPC realizou sua primeira produção, o curta Pedreira de São Diogo, um dos episódios do filme Cinco Vezes Favela (1962), do qual também foi produtor. Seu primeiro longa de ficção foi uma adaptação do texto de Nelson Rodrigues, A Falecida (1965). Dirigiu ainda Garota de Ipanema (1967), São Bernardo (1972), ABC da Greve (1979) e Eles Não Usam Black-Tie (1981). Suas últimas obras foram em parceria com a médica psiquiátrica Nise da Silveira, o projeto Imagens do Inconsciente (1986), uma série de três documentários sobre artistas esquizofrênicos. O conjunto é composto por roteiros, argumentos, relatórios, contratos, cartazes, fotografias e material sonoro. A maioria da documentação é relativa às obras cinematográficas de Leon Hirszman, sendo uma pequena parte referente às suas atividades políticas e administrativas. Data(s): 1958-1987. Dimensão e suporte: 6.106 documentos textuais, 04 livros, 1.427 fotografias, 21 cartazes, 1 mapa, 1 catálogo, 1 fichário, 9 crachás, 10 carimbos, 26 fitas cassetes, 2 discos de vinil, 3 pontas de películas, 16 títulos de periódicos e 1.064 artigos de periódicos.
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