Octávio Brandão (1896-1980) foi um farmacêutico, político e militante político, que ficou conhecido por sua atuação no Partido Comunista do Brasil (PCB) e pela difusão dos conceitos marxista no país. Nasceu em Viçosa, Alagoas, e formou-se na Escola de Farmácia de Recife, em 1914. Casou-se com a poetisa Laura da Fonseca e Silva, em 1921, com quem teve quatro filhas. No ano de 1922, estabeleceu contato com Astrojildo Pereira, que o apresentou ao estudo da doutrina marxleninista. No mesmo ano, filiou-se ao PCB, tornando-se dirigente nacional. No ano seguinte, realizou a primeira tradução brasileira do Manifesto Comunista, de Marx e Engels, a partir da edição francesa de Laura Lafargue. Atuou no trabalho de mobilização da classe operária e, durante grande parte da década de 1920, obteve notória participação no partido, sendo considerado uma das principais referências teóricas nesse período. Em 1925, colaborou na fundação do jornal A Voz Operária. No mesmo ano, publicou Agrarismo e Industrialismo, considerado a primeira obra de interpretação marxista da realidade brasileira. Foi deportado com a família para a Alemanha em 1931, seguiu para Moscou, e retornou ao Brasil em 1946. No ano seguinte, foi eleito vereador para a Câmara do Distrito Federal (RJ), mas teve a cassação do mandato logo em seguida. O conjunto é composto por documentação pessoal, artigos publicados em jornais, manuscritos, textos sobre assuntos políticos, discursos, panfletos de campanha eleitoral e correspondência. Há também, material relativo ao período de exílio em Moscou. Data(s):1887-2005 (com lacunas). Dimensão e suporte: 5.463 documentos textuais (273 pastas), 218 documentos iconográficos, 744 fotografias, 1.380 títulos de livro/1.809 exemplares, 7 objetos tridimensionais, 54 títulos de periódicos, 3 cartazes, 167 folhetos e 77 mapas.
Descrição detalhada: ReDiSAP