Patrícia Rehder Galvão (1910-1962) foi escritora, jornalista e militante comunista. Pagu, como ficou conhecida, começou a trabalhar no Brás Jornal, de São Paulo, sob o pseudônimo de "Pathy", aos 15 anos. Entre as décadas de 1920 e 1930, participou do movimento modernista, iniciou sua militancia no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e editou o jornal de esquerda O homem do povo, no qual assinava a coluna feminista "A mulher do povo". Casou-se com Oswald de Andrade em 1930 e, em 1931, foi presa após participar de um comício de estivadores em Santos. Dois anos depois, lançou o romance Parque Industrial, que reflete sua solidariedade aos trabalhadores. No ano de 1935, em Paris, estudava na Universidade de Sorbonne quando foi presa como comunista estrangeira. Ao voltar repatriada ao Brasil e retomar a atividade jornalística, foi novamente presa e torturada pela ditadura de Getúlio Vargas. Decepcionada com o partido, desligou-se do PCB em 1940, mesmo ano em que se casou com Benedito Geraldo Ferraz Gonçalves (1905-1979), escritor e crítico literário. Ao lado do companheiro, lançou o romance A Famosa Revista, em 1945. Tornou-se crítica de teatro, literatura e televisão do jornal A Tribuna de Santos. Teve destacada importância cultural na cidade de Santos, onde foi fundadora da Associação dos Jornalistas Profissionais e a primeira presidente da União de Teatro Amador. O pequeno conjunto, encontrado em sacos de lixo pela catadora de papéis Selma M. Sarti, reúne documentos pessoais, recortes de jornais, objetos e fotografias relativos à Pagu e Geraldo Ferraz. Data(s): 1927-1998 (com lacunas). Dimensão e suporte: 4 documentos textuais, 4 documentos originais, 3 medalhas, 1 placa de homenagem e 8 fotografias.
Descrição detalhada: ReDiSAP