Verena Stolcke (1938- ) é uma antropóloga de origem alemã, atualmente residente na Espanha e professora emérita do Departamento de Antropologia Social e Cultural da Universidade Autônoma de Barcelona, cuja produção acadêmica foi pioneira no estudo das relações entre raça, gênero e classe. Durante sua pesquisa de doutorado, após trabalhar com farta documentação no Arquivo Nacional de Havana, Verena apresentou sua tese de antropologia histórica na qual analisou as proibições de casamentos inter-raciais na Cuba colonial, sob a orientação de Peter Rivière, em 1970. Neste mesmo ano, a partir de um convite de Fausto Castilho (1929-2015), foi co-fundadora do atual Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, juntamente com Peter Fry e Antônio Augusto Arantes. Atuou como professora na Unicamp durante nove anos, ministrando disciplinas sobre teoria antropológica, família e parentesco. Nesse mesmo período (1973-79), desenvolveu uma pesquisa de campo com trabalhadoras eventuais nas plantações de café situadas nos arredores do atual distrito de Barão Geraldo, analisando como se davam as situações de exploração, desigualdades sociais e de gênero. O conjunto documental reúne o material produzido e acumulado por Verena Stolcke ao longo deste estudo, contendo fotografias, cadernos de campo, apontamentos, notas de leitura e documentos diversos que permitem acompanhar o desenvolvimento das diferentes etapas da pesquisa. Data(s): 1973-1979. Dimensão e suporte: 14 pacotes de documentação textual e 434 negativos fotográficos.
Descrição detalhada: ReDiSAp