Dias 5 e 6 de dezembro, o AEL participou do Seminário Internacional Arquivos e Direitos Humanos do Arquivo Público do Estado de São Paulo (APESP). O evento, com objetivo de refletir sobre a importância dos Arquivos e das práticas arquivísticas para a proteção e promoção dos Direitos Humanos (DH), foi uma homenagem aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento de caráter supraconstitucional no Brasil e demais países signatários da ONU.
Durante os dois dias de evento, o APESP trouxe pesquisadores, gestores e ativistas para debater temas como Censura na TV, Racismo, Gênero, Diversidade Sexual, Memória e Materialidade da Cultura Indígena, Ditadura e Políticas de Reparação, além das experiências internacionais, como as do Arquivo Geral da Administração, da Espanha. Aldair Rodrigues, professor do Departamento de História da Unicamp e Diretor Adjunto do AEL, representou a instituição e debateu, entre outros assuntos, a urgência da criação de políticas específicas para a difusão e preservação de memória na era digital.
Destacou o direito à privacidade e a proteção das vítimas e ativistas sociais que atuaram e atuam no movimento LGBT e na luta pelos DH em geral.Sincronizado com os anseios sociais e debate sobre a importância da preservação e difusão dos acervos sobre DH, o AEL continua sendo referência como guardião da memória das lutas sociais. Ainda no dia 5 de dezembro, o AEL incorporou mais um conjunto documental sobre direitos humanos: a ex-presa política e militante pela Anistia na década de 1970, Celeste Fon, doou o acervo em que registra parte de sua trajetória na luta pela libertação de seus irmãos, Aton e Antônio Carlos Fon, e os demais presos políticos da Ditadura Civil-Militar. O novo acervo integra os registros do AEL sobre as lutas pela democracia e conquista de direitos políticos no país