Guia do Acervo

A coleção José Toribio Medina Collection of Latin American Imprints reúne importantes impressos publicados entre o final do século XIX e início do século XX, selecionados das grandes bibliografias da imprensa colonial hispano-americana e da americana européia, e compilados pelo historiador, bibliógrafo e editor José Toríbio Medina Zavala (1852-1930), que é considerado um dos maiores pesquisadores da história da América Latina. Durante suas viagens pela Europa e países da América Latina, ao identificar material relevante para seus estudos, Medina reproduzia documentos e publicações, para posteriormente editá-los e publicá-los. Esta coleção é parte integrante da Biblioteca da John Hay da Universidade de Brown, que adquiriu cópias dessas publicações, dos originais depositados na Biblioteca Nacional do Chile. As obras refletem o interesse do titular, cujos temas abordam assuntos de governo, urbanização, cultura, religião, eventos, personalidades diversas, inquisição etc. A coleção possui publicações microfilmadas relativas aos países latinos americanos, especialmente México (900 livros), Peru (240), Guatemala (140), e Espanha (400 títulos sobre as Américas). Data(s): [1500-1800]. Dimensão e suporte: 248 rolos de microfilmes com aproximadamente 2.500 publicações.

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Francisco Alves Mendes Filho (1944-1988), mais conhecido como Chico Mendes, foi um seringueiro, sindicalista, ativista político e ambientalista brasileiro, reconhecido internacionalmente por sua luta a favor dos seringueiros da Bacia Amazônica. Tornou-se um marco na mobilização por justiça social, abrindo novos caminhos para os movimentos populares e a preservação da natureza. Chico Mendes era abertamente contra o desmatamento e sua luta reivindicava a reforma agrária como alternativa para solucionar os conflitos locais, contrariando os interesses dos grandes proprietários. Estava na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, município do Acre, quando foi assassinado na porta de sua casa, em 22 de dezembro de 1988. O conjunto é uma coleção fotográfica que documenta a movimentação política local, aspectos da cidade, região e dos moradores, além de cenas do julgamento dos acusados pelo crime. Traz ainda imagens de políticos e personalidades como Jorge Viana, Luiz Inácio Lula da Silva, Zuenir Ventura e do Bispo Moacyr Grechi. A coleção foi constituída por técnicos ligados ao Arquivo Edgard Leuenroth (AEL) que viajaram até a região de Xapuri por ocasião do julgamento do fazendeiro Darly Alves da Silva e de seu filho, Darci Alves Pereira, acusados pelo assassinato de Chico Mendes. Data(s): entre 12 dez. 1990 e 15 dez. 1990. Dimensão e suporte: 290 positivos: papel, p&b; 18x24cm.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Joaquim de Oliveira Ferreira (1962- ), mais conhecido como King Nino Brown, é um pesquisador e militante dos movimentos negros de resistência e, em específico, da cultura Hip-Hop, além de historiador autodidata e dançarino de Soul Music. Nascido em Pernambuco, mudou-se para São Paulo ainda jovem, onde, trabalhando como soldador, tomou contato com os movimentos sindicais. Foi um dos fundadores da organização Pose Hausa, núcleo destinado à cultura Hip-Hop e da Zulu Nation Brasil, versão nacional da organização fundada pelo DJ estadunidense Afrika Bambaataa. Nos anos 90, participou da peça “Se liga mano”, que retrata a história do movimento negro no Brasil, e da inauguração da primeira Casa de Hip-Hop do país, uma parceria entre a prefeitura da cidade de São Paulo e a organização Zulu Nation Brasil. O conjunto é constituído por documentos textuais, bibliográficos e audiovisuais que registram a trajetória de King Nino Brown na constituição e valorização da cultura Hip-Hop no Brasil, além de biografias de músicos e grandes líderes do movimento negro e títulos publicados pela imprensa alternativa e marginal. Data(s): 1970-2021. Dimensão e suporte: 288 livros, 194 títulos de periódicos, 29 folhetos, fotografias, cartazes, CDs, DVDs, fitas VHS, tridimensionais e 5 metros lineares, aproximadamente, de documentação textual. 

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O conjunto Latin American Anarchist and Labour Periodicals (c. 1880-1940) reúne periódicos raros, acumulados pelo anarquista, historiador e colecionador austríaco Max Nettlau (1865-1944), e outros acrescidos posteriormente pelo Instituto Internacional de História Social (IISH) de Amsterdã. As publicações periódicas provém de diversos grupos anarquistas e do movimento operário latino-americano dos seguintes países: Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru, Porto Rico, El Salvador, Suriname e Uruguai. A coleção é formada por cópias microfilmadas de 971 títulos, que registram a história do movimento anarquista e anarco-sindicalista. Inclui os periódicos argentinos: La Protesta, La Vanguardia e Acción Obrera; brasileiros: La Barricata, La Battaglia, Jornal do Povo; chileno Voz del Mar; e os mexicanos Ariete, Redención Obrera, Revolución Social e El Sindicalista. Data(s): 1880-1940. Dimensão e suporte: 971 títulos de periódicos reproduzidos em 180 rolos de microfilmes.

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A Coleção Latin American pamphlets from the Yale University Library: selections from 1600-1900 reúne cópias de panfletos latino-americanos disponíveis na Yale University Library, acerca do relacionamento político, social e econômico entre os Estados Unidos e os países da América do Sul, Central e México, abrangendo o período de 1600 a 1990. Contém 6.300 panfletos sobre o México, 2.000 sobre o Peru e 1.325 sobre a América do Sul e Central. Inclui também relatórios, biografias, teses acadêmicas, discursos de líderes religiosos e civis tratando de assuntos que retratam estas localidades. Data(s): 1600-1900. Dimensão e suporte: 127 microfichas.

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A coleção Latin American Twentieth Century Pamphlets, Part I e III é constituída de relevantes panfletos reunidos por Robert Jackson Alexander (1918-2010), que foi um ativista americano, docente e estudioso das questões políticas, econômicas e pioneiro nas pesquisas sobre movimento sindical na América Latina. A partir de 1946, viajou e se engajou em diversos eventos na América Latina, Caribe e África, e com isso acumulou materiais que serviram de base para suas pesquisas acadêmicas. A essa coleção inicial, disponível Rutgers University, somaram-se outros materiais semelhantes, como os panfletos de Frances Grant (1896-1993), que foi uma jornalista, embaixadora cultural e defensora dos direitos humanos, que atuou como secretária-geral da Associação Interamericana para a Democracia e Liberdade (FDAI). A coleção inclui também os panfletos do professor Harry Kantor, Samuel Bailey, Tomas Eloy Martínez e Remigio U. Pane. O AEL possui a reprodução da parte I e III desta coleção, que trata de diversos aspectos políticos, sociais e econômicos da América Latina, abordam temas como história, agricultura, industrialização, direitos humanos, imigração, relações exteriores, socialismo, economia, povos indígenas, feminismo, entre outros. Data(s): 1940-1976. Dimensão e suporte: Parte I: 50 rolos de microfilmes; Parte III: 39 rolos de microfilmes.

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Leon Hirszman (1937-1987) foi um cineasta brasileiro, um dos expoentes do denominado Cinema Novo (movimento de renovação temática e estética do cinema brasileiro dos anos 1960), que se destacou por um forte viés social. Nascido no Rio de Janeiro filho de imigrantes judaico-poloneses, ingressou no Partido Comunista aos 14 anos, influenciado pelo pai. Formou-se pela Escola Nacional de Engenharia, mas nunca exerceu a profissão. Já na faculdade, tornou-se frequentador assíduo de cineclubes. Seu primeiro contato com o cinema foi em 1957, como ajudante de produção do filme Rio, Zona Norte, de Nelson Pereira dos Santos. Em 1962, foi um dos fundadores do Centro Popular de Cultura, tornando-se responsável pelo setor de cinema. No CPC realizou sua primeira produção, o curta Pedreira de São Diogo, um dos episódios do filme Cinco Vezes Favela (1962), do qual também foi produtor. Seu primeiro longa de ficção foi uma adaptação do texto de Nelson Rodrigues, A Falecida (1965). Dirigiu ainda Garota de Ipanema (1967), São Bernardo (1972), ABC da Greve (1979) e Eles Não Usam Black-Tie (1981). Suas últimas obras foram em parceria com a médica psiquiátrica Nise da Silveira, o projeto Imagens do Inconsciente (1986), uma série de três documentários sobre artistas esquizofrênicos. O conjunto é composto por roteiros, argumentos, relatórios, contratos, cartazes, fotografias e material sonoro. A maioria da documentação é relativa às obras cinematográficas de Leon Hirszman, sendo uma pequena parte referente às suas atividades políticas e administrativas. Data(s): 1958-1987. Dimensão e suporte: 6.106 documentos textuais, 04 livros, 1.427 fotografias, 21 cartazes, 1 mapa, 1 catálogo, 1 fichário, 9 crachás, 10 carimbos, 26 fitas cassetes, 2 discos de vinil, 3 pontas de películas, 16 títulos de periódicos e 1.064 artigos de periódicos.

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Liborio Justo (1902-2003) foi um teórico político marxista argentino, militante e fundador de grupos trotskistas. Nascido em Buenos Aires dentro de uma importante família da oligarquia argentina, abandonou o curso de Medicina no terceiro ano e viajou pela Europa e Estados Unidos. Em 1930, ganhou uma bolsa de estudos de 8.000 dólares do Instituto de Educação de Nova York. Durante sua estadia nos Estados Unidos, aproximou-se dos trotskistas e da esquerda revolucionária americana. Filiou-se ao Partido Comunista argentino em 1932 e, em 1935, fundou a Liga Obrera Revolucionaria, ligada à IV Internacional, mesmo período em que seu pai, Agustín Pedro Justo, era presidente da república. Em 1937, deixou o partido e rompeu oficialmente com o stalinismo. Entre 1939 e 1941, participou da fundação das organizações trotskistas Grupo Obrero Revolucionario e Liga Obrera Revolucionaria, que publicava os periódicos La Nueva Internacional e Lucha Obrera. A partir de 1943, retirou-se da política e passou a viver nas Ilhas Ibicuy, na província de Entre Ríos. Estudioso da história política latino-americana e crítico das letras argentinas, publicou diversos livros, alguns sob os pseudônimos “Quebracho” e "Lobodón Garra”. O conjunto contém folhetos, periódicos e boletins relacionados à esquerda latino-americana, com destaque para o movimento trotskista boliviano, além de publicações das correntes de extrema-esquerda, revistas culturais do movimento negro, materiais de apoio para a elaboração de suas obras, correspondência e diários de orientação. Data(s): 1930-1976 (com lacunas). Dimensão e suporte: 12 fotografias, 87 mapas, 4 postais, 276 folhetos, 360 títulos de periódicos, 1.366 livros e 2 pacotes com documentação ainda não avaliada.

                                                                                                                                  Descrição detalhada: ReDiSAP

O Liceu de Artes e Ofícios de Pernambuco (LAOP) foi inaugurado em 1880, em Recife, como sucessor da Escola de Ofícios (1836), e mantido pela Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais de Pernambuco.  Assim como os outros Liceus que surgiram no Brasil, o intuito era preparar mão de obra para suprir as demandas da industrialização. A instituição ministrava aulas de desenho, arquitetura, aritmética e primeiras letras. A partir de 1961, a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) assumiu a direção e o patrimônio do LAOP, com a condição de manter o ensino e criar novos cursos profissionais. A instituição foi renomeada para Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios e passou a funcionar em outro prédio. A coleção é constituída por cópias em microfilme de uma parte dos documentos que registram as atividades de rotina da instituição, tais como: atas gerais das assembleias, do conselho administrativo e da congregação; livros caixa, contas, matrícula, ponto dos professores, balancetes, balanço e borrão de oficinas. Traz ainda o Catálogo da Biblioteca da Arcádia Dramática Julia de Sant’Anna, diários, ofícios, prestação de contas, razão social, registro do movimento das oficinas, relatórios, termos, e demais documentos administrativos. Data(s): 1850-1955. Dimensão e suporte: 21 rolos de microfilme.

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Lourenço Moreira Lima (1881-1940) foi um advogado e guerrilheiro brasileiro, nascido em Itambé, Pernambuco, que atuou no movimento tenentista de 1920 e na Revolução de Outubro de 1930. Graduou-se pela Faculdade de Direito de Fortaleza e exerceu a advocacia por dez anos no Acre. Transferiu-se para o Rio de Janeiro em 1920, onde iniciou sua participação no movimento tenentista e, em 1925, tornou-se membro da Coluna Prestes. Desempenhou as funções de secretário e de comandante do 4º Destacamento. Nesta época, dirigiu o jornal O Combate, periódico revolucionário que divulgava os objetivos do movimento. Com a dissolução da Coluna Prestes, permaneceu em Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, de 1928 a 1930, e participou da Revolução de Outubro de 1930. Em 1935, foi acusado de participar do levante organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) e desligado do cargo que ocupava no Ministério do Trabalho. A partir de então, viveu clandestinamente em São Paulo. Foi responsável pela publicação das obras: A Coluna Prestes: marchas e combates da coluna invicta e a Revolução de Outubro de 1930 (1934) e A Coluna Prestes (marchas e combates) (1945). O conjunto é formado por documentos pessoais, incluindo correspondência enviada aos amigos e familiares; transcrições das ligações de rádio enviadas a Luiz Carlos Prestes e a outros comandantes da Coluna, dando informações de ordem relevantes à frente de batalha; além de documentação da Primeira Divisão Revolucionária. Data(s): 1915-1935. Dimensão e suporte: 01 fotografia, 01 mapa e 0,19 metro linear de documentação textual.

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