Guia do Acervo

Apresenta o resumo de alguns conjuntos documentais para divulgação do acervo. Inclui link de acesso aos instrumentos de pesquisa e documentos digitalizados.

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Grupo SOMOS

O Grupo SOMOS de Afirmação Homossexual (1978-1984) é considerado o primeiro coletivo paulista de militância homossexual, tendo sido criado em 1978 a partir da reunião de um pequeno grupo de hossexuais que buscava a troca de experiências e uma maior conscientização sobre a própria sexualidade. Com o tempo, os encontros foram denominados como “reuniões de identificação”. Em 1979, após sua participação em um debate público sobre grupos sociais discriminados no Brasil, realizado na Universidade de São Paulo (USP), o SOMOS reuniu uma expressiva quantidade de pessoas, homens e mulheres, que passaram a integrar o grupo. Cisões internas, no entanto, ocasionaram um grande racha em 1980, levando ao surgimento de dois outros coletivos: o Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF) e o Grupo Outra Coisa – Ação Homossexualista. Após reestruturação e nova sede, o SOMOS continuou promovendo atividades como festas, um clube de cinema e a publicação do boletim O Corpo. Contudo, a falta de rumo ideológico mais concreto, problemas financeiros e dificuldades na adesão de novos membros, levaram o grupo a encerrar suas atividades em 1984. O conjunto contém documentos de constituição, organização e funcionamento do Grupo SOMOS; textos, manifestos, cartas-abertas e boletins publicados pelo grupo; correspondência, material de congressos e encontros, periódicos nacionais e estrangeiros, cartazes, além de dossiês temáticos relacionados ao movimento homossexual. Data(s): 1978-1984. Dimensão e suporte: 2,5 metros de documentação textual, 1 livro, 24 folhetos, 67 títulos de periódicos, 23 cartazes e fitas de áudio em cassete.

                                                                                                                                Descrição detalhada:  ReDiSAP

Hakluyt Society Publications

A Hakluyt Society é uma instituição filantrópica com sede em Londres, Inglaterra, fundada em 1846 e administrada por uma equipe voluntária não remunerada. A sociedade tem o nome de Richard Hakluyt (1552-1616), um colecionador e editor de narrativas de viagens e outros documentos relativos aos interesses ultramarinos da Inglaterra. A sociedade fomenta a divulgação do conhecimento por meio da publicação de edições acadêmicas dos primeiros registros de viagens e outros textos da época da expansão européia pelo mundo. Além disso, atua através da organização e participação em reuniões, simpósios e conferências que contribuem para uma maior disseminação do conhecimento geográfico. O conjunto contém publicações e edições de fontes primárias de pesquisa sobre viagens pelo globo, e ainda, relatos de viajantes dos séculos XV ao XIX, abordando temáticas como geografia, etnologia e história natural das regiões visitadas. Viagens à América Latina e ao Brasil estão bem representadas. A aquisição feita pelo AEL é relativa à Primeira Série, Partes I e II e à Segunda Série, Parte I. Data(s): 1847-1944. Dimensão e suporte: 190 publicações reproduzidas em 1.484 microfichas.

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Heinz Ostrower

Heinz Ostrower (1912-1992) foi um militante político alemão, naturalizado brasileiro, que ainda jovem ingressou no Partido Comunista de Oposição (KPO) e lutou contra a ascensão do nazismo e a política stalinista imposta ao Partido Comunista Alemão. Estudava medicina em 1934, quando foi preso em função de sua militância política. Depois de três anos na prisão, foi deportado para o Rio de Janeiro, onde seu irmão já havia se estabelecido. Trabalhou no comércio local e retomou a atividade política ministrando cursos de formação marxista e conferências sobre grandes questões da história contemporânea. No final da década de 1970, direcionou suas atividades ao Centro de Estudos e Ação Comunitária (CEAC), entidade voltada para o apoio de movimentos sociais das populações carentes da Baixada Fluminense e Jacarepaguá. O conjunto reúne sua correspondência pessoal, textos, livros, folhetos e periódicos que tratam de acontecimentos históricos de seu interesse, tais como Revolução Francesa, Revolução Russa, o desenvolvimento da China, história da Alemanha e, particularmente, a ascensão do nazismo. Da documentação, destaca-se a correspondência com Isaac Deutscher, seu amigo pessoal e biógrafo de Leon Trotsky e Josef Stalin, além de textos inéditos de sua autoria sobre a ascensão do nazismo e a revolução russa. Fitas cassetes com entrevistas e depoimentos do titular também integram o acervo. Data(s): 1944-1988. Dimensão e suporte: 402 livros, 11 folhetos, 8 fotografias, 16 negativos fotográficos, 9 fitas cassete, 1 caixa arquivo e 1 pasta em grande formato de documentação textual não avaliada.

                                                                                                                                Descrição detalhada: ReDiSAP

Heitor Ferreira Lima

Heitor Ferreira Lima (1905-1989) foi um jornalista, nascido em Corumbá, Mato Grosso, que dedicou boa parte de sua obra para discutir as interpretações econômicas da história brasileira. Chegou ao Rio de Janeiro em 1922 e logo integrou a União dos Alfaiates, onde iniciou sua militância política. Filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCB) em 1923, do qual foi membro até 1942. Em 1924, ingressou no meio jornalístico através do mensário O Alfaiate, órgão de divulgação da categoria. Foi o primeiro brasileiro a participar da Escola Leninista Internacional de Moscou, onde residiu de 1927 a 1930. Após ter sido preso mais de uma vez em decorrência de sua militância, decidiu dedicar-se exclusivamente às atividades jornalística, literária e de tradução, colaborando com diversos jornais e revistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Em 1944, foi convidado por Roberto Simonsen a integrar o Conselho de Economia Industrial da recém criada Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Especializou-se em assuntos econômicos e de desenvolvimento industrial e comercial, além de ter dirigido várias revistas da área e publicado livros sobre o tema, tais como História Político-Econômica e Industrial do Brasil e História do Pensamento Econômico no Brasil. O conjunto contém livros, periódicos e documentos cujos temas estão relacionados à sua trajetória política, militância sindical e atividades enquanto jornalista, além de obras clássicas do marxismo, pensamento econômico, do movimento dos trabalhadores e sindicatos. Data(s): 1944-1988. Dimensão e suporte: 1.964 livros, 117 folhetos, 37 títulos de periódicos, 11 mapas, além de 7 caixas arquivo e 5 pastas em grande formato de documentação não avaliada.

                                                                                                                                  Descrição detalhada: ReDiSAP

Hélio Vianna

Hélio Viana (1908-1973) foi um jornalista, professor e historiador brasileiro, autor de diversas obras clássicas da historiografia nacional e primeiro catedrático de História do Brasil da Faculdade Nacional de Filosofia da antiga Universidade do Brasil, em 1939. Graduou-se pela Faculdade de Direito da então Universidade do Rio de Janeiro, em 1932. Enquanto estudante, envolveu-se com os ideais integralistas de Plínio Salgado, fazendo parte da “ala intelectual” da Ação Integralista Brasileira (AIB). Em 1934, passou a lecionar História do Brasil nos cursos promovidos pelo Departamento de Doutrina da Província da Guanabara da AIB. Com a implantação do Estado Novo em 1937, afastou-se da atividade militante e passou a dedicar-se exclusivamente à prática docente e à pesquisa histórica. Assumiu também a cátedra de História da América na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 1941; graduou-se pela Faculdade Nacional de Filosofia em 1946; foi membro da Comissão de Estudos de Textos da História do Brasil do Ministério das Relações Exteriores, da Comissão Diretora de Publicações da Biblioteca do Exército e da Academia Portuguesa de História. O conjunto é composto, principalmente, por documentos relativos à atuação de Hélio Viana enquanto historiador e catedrático da Universidade do Brasil, incluindo atividades administrativas e acadêmicas. Também agrega material de pesquisa como manuscritos, recortes de jornais, anotações de leitura e fichamentos, todos privilegiando temas como História do Brasil (Colônia e Império), literatura, diplomacia e turismo. Data(s): 1932-1983 (predominante 1936-1955). Dimensão e suporte: 10 pacotes contendo folhetos, manuscritos e recortes de jornais, 143 fotografias e 51 títulos de periódicos.

                                                                                                                                   Descrição detalhada: ReDiSAP

Herbert Baldus

Herbert Baldus (1899-1970) foi um etnólogo brasileiro nascido na Alemanha. Em 1921, viajou para a Argentina e, em 1923, mudou-se para São Paulo, no Brasil. Nesse mesmo ano, como participante de uma expedição cinematográfica, visitou as populções Xamakoko, Kaskihá e Sanapaná, do Chaco, Paraguai. De volta à Alemanha, Baldus concluiu seus estudos de etnologia em 1928, além de adquirir o título de Doutor em Filosofia. Com a ascensão do nazismo ao poder em 1933, Baldus decidiu voltar para o Brasil. Em 1939 tornou-se professor de etnologia brasileira na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), onde lecionou para Gioconda Mussolini, Florestan Fernandes e Sergio Buarque de Holanda, entre outros. Foi editor da Revista do Museu Paulista e em 1947, publicou o primeiro volume da “Nova Série", que é um dos mais importantes periódicos antropológicos do Brasil. Em 1961, ele assumiu a cadeira de Etnologia Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Rio Claro, São Paulo. Herbert Baldus faleceu em 24 de outubro de 1970 em São Paulo, SP. O conjunto é constituído por documentos textuais, correspondências, artigos e publicações científicas, cadernetas de campo, além de mapas e fotografias produzidos no âmbito de suas pesquisas com diversas comunidades indígenas em diferentes regiões do Brasil. Dimensão e suporte: 0,5 metro linear de documentação textual, entre correspondência, cadernetas de campo, produção científica, mapas e fotografias. Data(s): [1900-1972].

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Hermínio Sacchetta

Hermínio Sacchetta (1909-1982) foi um jornalista e militante brasileiro nascido em São Paulo, filho de imigrantes italianos. Iniciou sua carreira na imprensa como revisor do jornal Correio Paulistano, passando depois por importantes veículos como Folha da Manhã, Folha da Noite, Diários Associados e O Tempo. Engajou-se na militância política através do Partido Comunista do Brasil (PCB) em 1932, do qual dirigiu o Comitê Regional de São Paulo e foi um dos principais editores do jornal A Classe Operária. Em 1937, foi expulso da organização sob alegação de dissidência trotskista. Preso político durante o Estado Novo, após sua libertação em novembro de 1939, participou da fundação do Partido Socialista Revolucionário (PSR), vinculado à IV Internacional. Atuou na Liga Socialista Independente, de tendência luxemburguista e, nos anos 1960, no Movimento Comunista Internacionalista. Em agosto de 1959, foi preso e impedido de exercer a atividade jornalística por cinco anos. O conjunto reúne documentação pessoal, aquela relativa às suas atividades à frente da Editora Flama, além de documentos internos das organizações políticas às quais esteve ligado. Traz ainda materiais relativos ao I Congresso dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e cópias de processos judiciais. Data(s): 1933-1969 (período predominante). Dimensão e suporte: 80 pastas de documentação textual, 1.431 livros, 75 folhetos, 41 títulos de periódicos, 43 fotografias e 1 cartaz.

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Hílio de Lacerda Manna

Hílio de Lacerda Manna (1910-1987) foi líder estudantil e militante comunista. Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, ocupou a cátedra de Histofisiologia Experimental da Faculdade Fluminense de Medicina e Veterinária e a direção do Instituto Paulista de Endocrinologia. Em sua militância política, atuou na ala jovem do Partido Comunista do Brasil (PCB), na entidade de assistência Socorro Vermelho e foi diretor da Comissão de Agitação e Propaganda do Comitê Regional do PCB, em São Paulo, ficando conhecido pelos pseudônimos Luís, Xavier, Dr. Amaral e Horácio Mello. Em 1937, foi expulso da organização sob a acusação de fraccionismo trotskista, ao lado dos também militantes Hermínio Sacchetta e Heitor Ferreira Lima. Posteriormente, foi membro do Centro Paulista de Estudos do Petróleo, destacando-se na campanha pelo monopólio estatal. Publicou alguns livros na sua área de atuação profissional e, durante a década de 1950, escreveu nos periódicos Panfleto, Jornal da Semana e Semanário. Em 1951, foi enviado especial da Presidência da República para África e Oriente Médio. Além de documentos acumulados pelo titular durante sua militância, o conjunto também agrega publicações de teoria política e matéria médica, grande parte obras raras do século XIX, entre as quais, O Congresso universal das raças reunido em Londres, de 1912. Data(s): 1947-1981v. Dimensão e suporte: 528 livros, 26 folhetos, 5 títulos de periódicos, 15 fotografias, 11 diapositivos, 3 negativos em vidro, 12 discos, além de 12 caixas-arquivo e 1 pasta em grande formato de documentação textual não avaliada.

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

História da Industrialização

A documentação reunida nesta coleção é resultado do trabalho de pesquisa realizado pelo projeto "Imagens e História da Industrialização no Brasil 1889-1945", sob responsabilidade do professor Paulo Sérgio Pinheiro, e financiado por meio do convênio firmado entre o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) e o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp em dezembro de 1975. O objetivo era localizar, reproduzir e centralizar no AEL documentos que pudessem contribuir para o estudo da história empresarial e industrial do Brasil, nos seus aspectos econômicos, financeiros e sociais. A coleção reúne principalmente cópias de documentos manuscritos, impressos, fotográficos e/ou audiovisuais das indústrias: Fábrica de Tecidos São Luis (Itu), Ferrovia Paulista S.A. – Fepasa (Jundiaí), Cia Têxtil Santa Basilissa (Bragança Paulista), Votorantim S.A. (Sorocaba), Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo (São Paulo), Lanifício Fileppo S.A. (São Paulo), Fábrica de Vidros Santa Marina (São Paulo), Cia. Light (São Paulo), Fábrica de Fiação e Elásticos Godoy (Campinas), Fábrica de Elásticos Hermann Landwehrkamp (Campinas), Cervone S.A. (Santa Bárbara D'Oeste), entre outras. Contém ainda gravação e filmagem de depoimentos orais e materiais como livros, folhetos e periódicos com foco no processo de industrialização brasileira, adquiridos na vigência do projeto para auxiliar e subsidiar o trabalho das equipes. Data(s): 1889-194. Dimensão e suporte: 7 metros lineares de documentação textual, microfilmes (com reproduções de documentos e periódicos), aprox. 500 livros, 543 fotografias, 1.321 negativos fotográficos, 5 fitas de vídeo e 1 exposição fotográfica circulante (240 pôsteres em madeira).

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

História do Juqueri

O Asilo de Alienados do Juqueri foi inaugurado em 1898, no atual município de Franco da Rocha, região metropolitana de São Paulo, por uma iniciativa do governo do estado. Teve como idealizador e primeiro diretor o médico psiquiatra Francisco Franco da Rocha, que buscou nas colônias agrícolas de reabilitação francesas a inspiração para o empreendimento. Os projetos foram confiados aos arquitetos Emílio Olivier e Francisco de Paula Ramos de Azevedo. No início de seu funcionamento, o Asilo Hospital de Juqueri possuía fama de excelência, atendendo não apenas aos cidadãos mais humildes como também pessoas da alta sociedade. Contudo, logo passou a ter problemas com o rápido crescimento do número de pacientes, ultrapassando a capacidade máxima pela primeira vez em 1909. Após mudanças de conduta que passaram a separar pessoas com doenças mentais daquelas condenadas e internadas por ordem judicial, o Asilo passou a denominar-se Hospital e Colônia de Juqueri, em 1929. Apesar disso, continuou enfrentando a superlotação, chegando a ter cerca de 15 mil internos entre os anos de 1960 e 1970. Na década de 1980, denúncias de maus tratos e desvios de verba eram frequentes. Por conta disso, nos anos seguintes, teve sua estrutura funcional redefinida, quadro de profissionais aumentado e o confinamento foi abolido, optando-se pela desospitalização e substituindo-a pelo atendimento ambulatorial e a inserção na sociedade. A coleção é composta por fotografias que retratam as instalações, o corpo funcional e os pacientes da instituição nas primeiras décadas de seu funcionamento. Data(s): Início do século XX até os anos 1940. Dimensão e suporte: 49 fotografias, p&b, entre 9x12 cm e 15x18 cm.

                                                                                                                                  Descrição detalhada: ReDiSAP