Guia do Acervo

Cacilda Lanuza de Godoy Silveira (1930-2018), nascida em Campina Grande, em 1 de setembro de 1930, foi atriz de rádio, cinema, televisão e teatro. Desde 1978, aposentada de sua profissão, dedicou-se integralmente às questões ambientais, principalmente à luta antinuclear. Organizou o primeiro evento público em defesa das baleias no Brasil em 1979. Autora e intérprete da peça “Verde que te Quero Verde”, em 1982 escreveu o livro “A Semente na Palma da Mão”, também de informações ecológicas. Fundou e presidiu por 13 anos o Grupo Seiva de Ecologia, cujo “boletim” também elaborava. Teve atuação decisiva na inclusão do Artigo 204, de proibição da caça, na Constituição de São Paulo em 1989, após longa e árdua batalha. Recebeu do CGE - Grupo Consciência Ecológica, o título de General na Ecologia. Foi mencionada no livro “Galeria dos Ecologistas” em 1997. A documentação compreende correspondências com as diversas instituições nacionais e internacionais defensoras do meio ambiente, projetos de lei que Cacilda Lanuza ajudou a redigir, material institucional e de divulgação do "Grupo Seiva de Ecologia", relatando boa parte da história do despertar da consciência ecológica no início dos anos 90, especialmente no estado de São Paulo. Data(s): [1956-2012]. Dimensão e suporte: 8 metros lineares de documentação textual, correspondências, documentos institucionais, jornais, periódicos, boletins, folhetos, cartazes e fotografias. 

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A Fábrica de Tecidos Carioba (1875-1976) foi uma indústria têxtil sediada na cidade de Americana, São Paulo, fundada pelo engenheiro William Pultney Ralston, associado aos irmãos fazendeiros Antônio e Augusto de Souza Queiroz. Foi adquirida pelos irmãos ingleses Clement e George Willmot, em 1884, que foram também responsáveis pela construção da Vila Operária. Após enfrentar dificuldades financeiras, foi comprada em 1901 pelo comendador alemão Franz Müller, quando atingiu seu apogeu e ganhou projeção em todo o Brasil. O centro fabril, ao longo de sua existência,  empregou uma expressiva quantidade de trabalhadores e contribuiu bastante para o desenvolvimento econômico da cidade de Americana. Destacou-se no uso de novas tecnologias, em especial, a preocupação com maior rendimento das sementes de algodão e de outros grãos, e no fornecimento de energia elétrica para a região, gerada pela própria usina. O conjunto documental é constituído por registros fotográficos de diversas etapas do processamento industrial, desde a plantação e beneficiamento do algodão, até a fabricação e tingimento do tecido. Também contém imagens dos operários e vistas aéreas e parciais da fábrica. Data(s): 1910-1920. Dimensão e suporte: 52 fotografias originais em preto e branco coladas em cartões, reproduzidas em 12 contatos, 10 negativos e 3 reproduções de segunda geração.

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                                                                                                                                 Documentos digitalizados 

A Casa da Suplicação do Brasil foi instituída pelo alvará de 10 de maio de 1808, após a transferência da Corte portuguesa para o Brasil e dentro de um contexto de profundas mudanças políticas e administrativas. Nesse sentido, a então Relação do Rio de Janeiro (1751-1808) foi elevada à categoria de tribunal superior de última instância, com a mesma alçada da Casa da Suplicação de Lisboa, o que representou o início de uma justiça nacional. Após diversas alterações em relação à sua jurisdição, ficou decidido que a Casa de Suplicação do Brasil seria responsável por julgar todos os agravos ordinários e apelações originárias das treze comarcas atendidas pela antiga Relação do Rio de Janeiro, daquelas oriundas da Relação da Bahia e também das comarcas de Mato Grosso e São João das Duas Barras. Após a independência e o estabelecimento de um Supremo Tribunal de Justiça em 1828, instituições como a Casa da Suplicação do Brasil e o Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens foram extintos. Apesar disso, a Casa da Suplicação do Brasil continuou exercendo suas atividades até 1833, quando se restaurou a Relação do Rio de Janeiro, retornando à sua condição de tribunal local. O conjunto documental é constituído por processos judiciais envolvendo pessoas escravizadas dos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Goiás, Mato Grosso e, majoritariamente, do Rio de Janeiro. Data(s): 1806-1829. Dimensão e suporte: 23 processos judiciais reproduzidos em 9 rolos de microfilmes (a documentação original tem 0,25 metros lineares).

                                                                                                                                  Descrição detalhada: ReDiSAP

O Centro de Pesquisa em História Social da Cultura (Cecult) é vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Criado em 1995 por docentes do Departamento de História, sua vocação é criar condições, apoiar e realizar projetos e estudos voltados à reflexão do pensamento tradicional, ambos dentro e fora da academia, sobre as classes populares e suas relações com a cultura. Compreende quatro grandes áreas de interesse: culturas e identidades entre africanos e seus descendentes; cultura de classe: trabalhadores urbanos; os literatos e os “outros”: uma história social da literatura; cultura do povo, “cultura nacional”: tradições e festas. Parte das verbas que financiam os projetos da instituição destinam-se à compra de fontes microfilmadas que são enviadas ao AEL para serem incorporadas ao seu acervo. A documentação está em constante incorporação, além de incluir publicações referentes a periódicos publicados no Rio de Janeiro, assim como, jornais e revistas de São Paulo. Grande parte dos documentos é relativa a periódicos brasileiros publicados no século XIX, reproduzidos do acervo da Biblioteca Nacional e de outras instituições congêneres. Documentos pessoais, manuscritos de cartas, romances, contos, crônicas, diários, estudos e dramaturgia de Lima Barreto. Dimensão e suporte: 2.108 títulos de periódicos, 86 títulos de folhetos, 1 dossiê com documentação pessoal, 99 processos crimes e 9 mapas, totalizando 5479 rolos de microfilme. Data(s): 1850-

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Fundado em 1987 por um grupo de profissionais e educadores populares vinculados a movimentos sociais, universidades, igrejas e instituições públicas, o Centro de Educação e Assessoria Popular (CEDAP) tinha como objetivo contribuir com o movimento de redemocratização da sociedade brasileira pós-regime militar, buscando fortalecer e apoiar as organizações e movimentos populares de Campinas e região. Tendo como pressupostos os pilares da educação popular, o CEDAP realizou os chamados trabalhos de base, contribuindo para que o público envolvido (grupos de trabalhadores, mulheres, lideranças comunitárias e outros) tivesse uma formação que o colocasse em condições de intervir na realidade para transformá-la. O CEDAP se posiciona politicamente entre as organizações no campo democrático da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais  (ABONG), da qual é associada desde a fundação. As atividades oferecidas são totalmente gratuitas e para a sustentação dos seus projetos, o CEDAP estabelece parcerias com órgãos da cooperação internacional, órgãos governamentais das esferas municipal, estadual e federal, empresas e fundações, além da prestação de serviços de assessoria a projetos socioeducativos e da contribuição de seus associados e de indivíduos. O conjunto é constituído por documentos textuais e materiais audiovisuais que abrangem cursos temáticos desde Direitos Humanos, organização popular e mundo do trabalho, até saúde, adolescências e juventudes, e gênero e sexualidade. Dimensão e suporte: 1 caixa-arquivo com documentação textual, livretos e folhetos, 261 fitas VHS, fitas cassetes, e 3 caixas-arquivo com slides e fichas pedagógicas. Data(s): [1979-2007].

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Criado em 1990 pela iniciativa de Hédio Silva Jr, Ivair Augusto Alves dos Santos e Maria Aparecida Silva Bento (Cida Bento), o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades – CEERT é uma entidade sem fins lucrativos que se dedica à promoção da equidade racial e de gênero nas instituições públicas e privadas, atuando na defesa dos direitos da população negra, em particular da juventude e das mulheres negras. A entidade possui uma equipe de psicólogos, juristas, educadores, sociólogos, assistentes sociais e gestores, que procuram promover e divulgar a ideia da inclusão racial. O trabalho é feito baseado em diagnósticos, passando por algumas etapas como a primeira sendo a elaboração e depois a implementação de programas que promovem a igualdade racial e a valorização da diversidade em sindicatos, escolas, empresas e órgãos públicos. Além do trabalho motivado por uma questão social, o CEERT é responsável por assessorar órgãos do governo, instituições privadas e movimentos sociais em formação política, capacitação do pessoal e produção de material didático. A documentação doada é composta, sobretudo, por fotografias de eventos e atividades que foram organizadas pelo CEERT ou nas quais a organização teve alguma participação. Compõem o conjunto, ainda, publicações organizadas ou vinculadas à entidade, vídeos de eventos e atividades da organização e cartazes e panfletos de eventos. Dimensão e suporte: 1.011 documentos, sendo 112 textuais, 856 fotográficos e 43 cartazes. Data(s): [199_-200_]

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O Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (CEDEC), fundado em 1976,  é uma instituição civil sem fins lucrativos, que se autointitula centro de pesquisa, reflexão e ação. Dedica-se a realizar pesquisas e debates sobre aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais da realidade brasileira. Constituiu-se em razão da iniciativa de intelectuais, que estavam à época impedidos de exercerem suas funções nas universidades públicas e privadas do país. Entre os temas de pesquisas estão: direitos humanos e justiça social; constituição e cidadania; instituições e práticas democráticas; políticas públicas; pensamento social e político; relações internacionais e a integração regional. Suas atividades abrangem consultorias e assessoria, seminários e projetos de pesquisa. Publica, desde 1984, a revista Lua Nova, um dos principais periódicos científicos da área de Ciências Sociais no Brasil. O conjunto contém documentação sobre a história da instituição, registros do desenvolvimento de pesquisas realizadas, além de documentos bibliográficos. Data(s): [1976-2013]. Dimensão e suporte: 70 metros lineares de documentação textual e bibliográfica.

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O Centro de Estudos de Migrações Internacionais (CEMI),  reconhecido  pelo Conselho Universitário da Unicamp em junho de 1996, é um núcleo interdisciplinar de pesquisa comparativa sobre migrações internacionais e de debate sobre as temáticas de identidades, globalização, Estado-Nação e reconfigurações de cultura e política. O Cemi é parte da política de incentivo a núcleos temáticos de pesquisa no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, e desde janeiro de 1997 é núcleo de excelência do Pronex (Ministério da Ciência e Tecnologia/Finep). O conjunto documental contém projetos de pesquisas desenvolvidos pelo núcleo, relatórios, documentação administrativa, trabalhos de conclusão de cursos de professores que desenvolviam suas atividades no Cemi, recortes de jornais sobre temáticas relacionadas ao centro, cartazes, depoimentos, palestras, entrevistas, mini maratonas, eventos e seminários gravados em fitas de vídeo, cassetes e cd-rom. Data(s): [1996-201?]. Dimensão e suporte: 43 caixas-arquivo de documentação textual, 2 pastas de recortes de jornais, 35 VHS, 8 CD-ROM, 311 fitas cassetes, 23 disquetes, 1 microfilme. Há ainda cartazes, periódicos de grande formato e revistas em quantidade não avaliada.

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A coleção CPDS reúne materiais ligados à história dos movimentos sociais, de temática diversificada, e é formada por documentação avulsa originária de doações eventuais. Compreende periódicos, livros, folhetos, fotos, vídeos, mídias, e tem incorporações rotineiras. De origem bastante diversificada, são incorporados ao acervo todos os documentos cujos temas estejam diretamente relacionados ao seu recorte temático: movimentos sociais de esquerda e cultura. A coleção em questão, para efeito de tratamento, atendendo às nossas necessidades técnicas, reúne toda essa documentação sob a sigla CPDS. Data(s): Século XVIII, XIX e XX. Dimensão e suporte: não dimensionado

O Centro Informação Mulher surgiu em 1979, a partir da reflexão de um grupo de feministas inconformadas com o apagamento das mulheres da história da humanidade. Neste contexto, se fez essencial a urgência de um centro de memória, documentação e informação para subsidiar pesquisas, estudos, informações e a organização da história recente e remota das mulheres, além de circunstanciar a história contemporânea da vida e luta das mulheres no Brasil, na América Latina e no mundo. Assim, em 30 de junho de 1981 foi fundada a Associação Centro Informação Mulher, uma entidade feminista, sem fins lucrativos que, já nos primeiros 15 anos de atividades, tornou-se uma referência nacional como Centro de Memória e Documentação de gênero. Atuando multidisciplinarmente, o CIM desenvolve projetos, pesquisas, assessorias e eventos na região central da cidade de São Paulo, além de disponibilizar uma biblioteca para consultas de pesquisadoras(es) nacionais e internacionais nas mais diversas áreas do conhecimento. O conjunto constituído pelo CIM é um dos principais e mais importantes acervos de documentação da experiência de mulheres organizadas no Brasil, de movimentos feministas de diferentes regiões do país e do exterior. Dimensão e suporte: aproximadamente 238 metros lineares, sendo 105 de manuscritos, 92 de revistas, folhetos e encadernados, 14 de jornais, 7 de fotografias, 10 de cartazes (aproximadamente 5 mil itens) e 10 de multimídias. Data(s): [1981-2021].

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP