Guia do Acervo

Apresenta o resumo de alguns conjuntos documentais para divulgação do acervo. Inclui link de acesso aos instrumentos de pesquisa e documentos digitalizados.

Consulte as ferramentas de pesquisa online para mais informações sobre os fundos.

Curtume Brasil

O Curtume Brasil, ou Curtume Firmino Costa, foi fundado em 1915. Localizava-se na Vila Industrial - primeiro bairro operário na cidade de Campinas, SP - onde se avizinhava com outros curtumes e com as Companhias de Estradas de Ferro Paulista e Mogiana. A Vila Industrial de Campinas foi formada por uma maioria de imigrantes italianos, portugueses e espanhóis que forneciam a mão de obra para os curtumes, para o matadouro local e para as Companhias de Estrada de Ferro, as quais impuseram uma nova dinâmica ao antigo caminho de boiadas (atual Rua Salles de Oliveira). No decorrer da primeira metade do século 20, surgiram outras fábricas e empresas, além de conjuntos de residências operárias, e a Vila Industrial ganhou a característica de bairro de trabalhadores, desenvolvendo uma forte identidade cultural. A coleção é constituída por fotografias que registram algumas etapas da preparação do couro, bem como as instalações do Curtume e um grupo de trabalhadores. As imagens são de autoria de Photografia Costa. Data(s): [1922]. Dimensão e suporte: 7 fotografias (17x23cm) em preto e branco coladas em cartão e 6 negativos 35mm, sendo 3 duplicatas.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Documentos digitalizados 

Décio Stuart

Décio Santos Rinaldi (1907-1990) foi um coreógrafo e bailarino, nascido em Ibaté, São Paulo, que ficou conhecido por ter sido um dos pioneiros da dança no Brasil. Iniciou seus estudos artísticos em São Paulo, na escola de balé clássico de Eugenie de Villeneuve e de danças de salão, de Luísa Leitão. Entre 1927 e 1928, se mudou para o Rio de Janeiro para estudar na primeira Escola Municipal de Bailados do Brasil, aberta em 1927 por Maria Olenewa. Três anos depois foi para Paris onde especializou-se em balé clássico com as professoras Lubov Egorova e Olga Preobrajenska, personalidades importantes nos teatros imperiais russos. Ao retornar ao Brasil, atuou com dança nas mais diversas linguagens artísticas e se tornou o primeiro bailarino no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo. No final da década de 1940, inaugurou sua escola de danças na cidade de Santos. A coleção é formada por recortes de jornais, artigos e programas de espetáculos reunidos por ele ao longo de sua carreira artística. Também agrega gravações de entrevistas com Décio Stuart e outras personalidades artísticas realizadas pela professora Marília Vieira Soares entre 1987 e 1996. Data(s): 1928-1996. Dimensão e suporte: 0,23 metros lineares de documentação textual e 5 fitas microcassete.

Descrição detalhada: ReDiSAP

DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) é uma instituição de pesquisa, assessoria e educação do movimento sindical brasileiro. Teve sua origem em 22 de dezembro de 1955 e permanece em funcionamento. O órgão tem como finalidade assessorar tecnicamente os trabalhadores em processos de negociações coletivas, além de desenvolver atividades de pesquisa e educação nos temas relacionados ao mundo do trabalho. Trata-se de entidade civil sem fins lucrativos, mantida pela contribuição das entidades sindicais filiadas, onde estão representadas todas as correntes do movimento sindical brasileiro. Possui abrangência nacional, com sede em São Paulo e escritórios regionais em 17 estados da federação. O conjunto documental é composto por publicações periódicas (jornais, revistas e boletins) e folhetos nacionais e internacionais, recebidas pelo DIEESE de suas entidades associadas. Data(s): 1960-2004. Dimensão e suporte: 1.323 títulos de periódicos e 74 folhetos.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Donald Pierson

Donald Pierson (1900-1995) foi um sociólogo estadunidense que se destacou como um dos expoentes da denominada Escola de Chicago, linha sociológica norte-americana com forte influência no Brasil. Obteve seu doutoramento em 1939, com uma tese sobre as relações raciais no estado brasileiro da Bahia. Posteriormente, publicou importantes obras, dentre elas: Negros in Brazil (1942, traduzida para o português em 1945 sob o título Brancos e Pretos na Bahia), Cruz das Almas (1953), Race Relations in Portuguese America (1955) e Teoria e Pesquisa em Sociologia (1965). Atuou como professor convidado e posteriormente como coordenador na Escola Livre de Sociologia e Política de São Paulo. Foi responsável também pela coleção de Ciências Sociais da biblioteca dessa mesma instituição. A partir de 1946, fez parte do Instituto de Antropologia da Smithsonian Institution. O conjunto é formado por expressiva documentação referente às suas atividades enquanto docente e pesquisador em diversas instituições no Brasil. Contém também correspondência com intelectuais brasileiros e documentação referente ao intercâmbio cultural com instituições estrangeiras. Data(s): 1939-1959. Dimensão e suporte: 2 metros lineares de documentação textual (77 pastas suspensas).

Descrição detalhada: ReDiSAP

Duarte Pacheco Pereira

Duarte Brasil Lago Pacheco Pereira (1939-2021) foi um militante de esquerda, professor e jornalista nascido em Santo Amaro da Purificação, Bahia. Formado em Ciências Jurídicas, iniciou sua atividade política no movimento estudantil baiano, chegando a ser vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1963. Foi um dos fundadores do movimento revolucionário Ação Popular (AP) em 1962, assumindo a direção nacional da organização entre 1965 e 1973. Em São Paulo, atuou também como professor universitário e jornalista, sendo que, no final dos anos de 1960, vinculou-se ao movimento operário em Osasco. Publicou importantes obras, entre elas: ABC do entreguismo: o capital estrangeiro no Brasil e Um perfil da classe operária e China: cinqüenta anos de República Popular. Elaborou diversos artigos e ensaios, foi criador da revista Realidade, colaborador da Veja e do jornal Movimento. O conjunto é constituído por documentos oficiais da AP, como resoluções nacionais, declarações de encontros, resoluções políticas e diretivas, textos para debates e jornais da organização; documentos do movimento estudantil, do PCdoB, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) e de outras organizações de esquerda que o jornalista reuniu durante a sua militância política. Inclui também livros, folhetos e periódicos. Data(s): 1962-1980. Dimensão e suporte: 96 documentos textuais, 18 artigos de jornal, 30 livros, 102 folhetos, 24 títulos de periódicos, 1 trabalho acadêmico, 2 fotografias, 1 fita de vídeo, 1 fita de som e 1 documento tridimensional.

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Early Printed Books on Religion from Colonial Spanish America

A coleção Early Printed Books on Religion from Colonial Spanish America reúne mais de 400 obras integrantes da British Library, que marcaram a produção editorial na América Espanhola durante o período colonial. Trata-se de obras dogmáticas e religiosas. A coleção contém livros em microfichas, cujas temáticas classificam-se em: catecismo, confissões, milagres, biografias de religiosos, história eclesiástica, ordenação, inquisição, direito canônico, misticismo e meditação, sermões, evangelização, igrejas e catedrais, colégios religiosos, autoridades religiosas, concílios, etc. Inclui também fontes que podem ser de interesse ao estudo em línguas indígenas da América. Data(s): 1543-1800. Dimensão e suporte: 406 títulos reproduzidos em 1.038 microfichas.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Edgard Leuenroth

Edgard Frederico Leuenroth (1881-1968) foi tipógrafo, jornalista e um dos principais militantes anarquistas do Brasil durante o período da Primeira República. Fez da imprensa sua principal ferramenta de atuação ao passo em que fundou, dirigiu, colaborou, foi redator ou editor responsável de diversas publicações periódicas, tais como: O Trabalhador Gráfico, A Terra Livre, A Lucta Proletaria, Folha do Povo, A Lanterna, A Guerra Social, O Combate, A Capital, Spartacus, A Plebe, Voz do Povo, entre muitas outras. Desempenhou papel de destaque na greve geral de 1917 ocorrida na cidade de São Paulo. Participou também da fundação de diversas entidades vinculadas a imprensa ou ao movimento operário, entre as quais: União dos Trabalhadores Gráficos, Federação Operária de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de São Paulo, Associação Paulista de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e Associação Paulista de Propaganda. Atuou ainda como arquivista nas redações de alguns jornais de São Paulo e Rio de Janeiro. O conjunto é constituído pela documentação produzida e acumulada por Edgard Leuenroth no decorrer de sua militância anarquista e no exercício de seu ofício de jornalista, além de raras publicações periódicas do início do século XX, folhetos de organizações de trabalhadores e obras clássicas sobre anarquismo, filosofia, religião, política e história. Data(s): 1905-1968 (com lacunas). Dimensão e suporte: 2.233 livros, 1.185 folhetos, 1.231 títulos de periódicos, 1.143 documentos textuais, 211 documentos iconográficos (201 fotografias, 1 álbum, 1 caricatura, 2 cartelas de selos postais e 6 mapas), 34 documentos tridimensionais (28 flâmulas, 2 medalhas, 2 brindes e 2 crachás) e 1 documento fonográfico (1 fita cassete).

                                                                                                                               Descrição detalhada: ReDiSAP

                                                                                                                                Documentos digitalizados  

                                                                                                                                                                                                                                       

Elisabeth Souza Lobo

Elisabeth de Souza Lobo Garcia (1943-1991) foi uma feminista, professora e socióloga nascida em  Porto Alegre, Rio Grande do Sul, autora de diversas obras e artigos relacionados a questões como divisão sexual do trabalho, trabalho feminino e relações de gênero na sociedade capitalista. Graduou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1965. Residiu em Paris entre os anos de 1967 e 1969, onde acompanhou os seminários de Lucien Goldmann e de Louis Althusser. Atuou como docente de metodologia das Ciências Sociais na Escola de Estudos Econômicos Latino-Americanos (ESCOLATINA) do Chile, de 1970 à 1973. Lecionou nos departamentos de Sociologia e Ciências Políticas da Universidade de Paris VIII, onde também defendeu sua tese de doutoramento, em 1979. Trabalhou como docente em renomadas universidades brasileiras. Publicou uma biografia da anarquista lituana Emma Goldman (1869-1940), no ano de 1983, e A classe operária tem dois sexos, em 1991. O conjunto contém documentos relativos à sua atuação na área de estudos feministas e enquanto docente e pesquisadora de  diversas instituições brasileiras, incluindo atividades administrativas. É constituído por textos, projetos de pesquisa, trabalhos acadêmicos, relatórios, contratos de trabalho, atas de reuniões, correspondência, além de livros, folhetos e periódicos. Data(s): 1967-1991. Dimensão e suporte: 295 pastas de documentação textual, 52 livros, 85 folhetos, 89 periódicos, 24 trabalhos acadêmicos, 23 cartazes e 1 fotografia.

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP

Eloíza Felizardo Prestes

Eloíza Felizardo Prestes (1900-1998) foi militante política e, principalmente, das causas feministas. Nasceu em Niterói, Rio de Janeiro e, em 1928, começou a trabalhar no jornal A Esquerda como secretária e auxiliar de guarda-livros. Em 1930, emigrou para a Argentina com sua família. Luiz Carlos Prestes, seu irmão, já se encontrava exilado no mesmo país. Mudou-se com a família para a União Soviética no ano de 1931. Retornou ao Brasil em 1945 e filiou-se ao Partido Comunista do Brasil (PCB), no qual teve participação até o seu fechamento. Militou também em causas feministas e trabalhou como secretária no jornal O Momento Feminino. A partir de 1956, atuou como secretária no escritório de advocacia de Sinval Palmeira, permanecendo ali até 1968, ano de sua aposentadoria. O conjunto é formado por periódicos, manuscritos, recortes de jornais, folhetos e textos sobre a temática das mulheres e do feminismo. Inclui fichas com informações biográficas de mulheres de vários países e cadernos de recortes sobre Laura Brandão, Rosa Bittencourt, Anita Garibaldi, Ana Neri, Chiquinha Gonzaga, Nísia Floresta, Alice Tibiriçá e Valentina Terechkova. Data(s): 1940-1986. Dimensão e suporte: 27 folhetos, 5 títulos de periódicos, além de 3 caixas-arquivo e 1 pasta em grande formato de documentação não avaliada.

Descrição detalhada: ReDiSAP

Estevão Maya-Maya

José Estevão Maya (1943-2021) foi um Maestro, cantor, compositor, escritor e professor nascido no povoado de Pano Grosso, em Viana, Maranhão, em 1943. Estevão estudou música na Academia de Música do Maranhão e nos Seminários de Música da Universidade Federal da Bahia desenvolvendo trabalhos de Canto, Piano, Rítmica, Estruturação, Análise Musical e Composição. Viveu um tempo no Rio de Janeiro antes de se estabelecer em São Paulo nos anos 1970. Estudou composição com H.J. Koellreutter, além de outros mestres como Margarita Schack e Eugênio Kusnet. Era musicólogo e compositor, sendo seu maior interesse voltado para pesquisas em torno da música africana e sua contribuição à estética musical brasileira. Em 1974, liderou a fundação da Cacupro - Casa da Cultura e do Progresso, entidade negra que funcionou no bairro do Ipiranga, zona sul da capital paulista. O legado de seu estudo distribui-se ao longo de suas obras, desde o musical “Ongira:  Grito Africano”, até o coral Cantafro, criação sua – grupo que foi responsável pela trilha sonora do seriado “Abolição”, da Rede Globo e registra aparição num documentário da BBC londrina. O conjunto é constituído por documentos textuais, recortes de jornais, periódicos, livros, documentos pessoais, partituras, fotografias, folders, correspondências, manuscritos, cartazes e folhetos que retratam carreira e ativa participação de Maya-Maya no movimento negro. Dimensão e suporte: 9 caixas-arquivo de documentação textual e iconográfica. Data(s): [1960-2021].

                                                                                                                                 Descrição detalhada: ReDiSAP