Apresenta o resumo de alguns conjuntos documentais para divulgação do acervo. Inclui link de acesso aos instrumentos de pesquisa e documentos digitalizados.
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A coleção Intervenção na Unicamp é constituída, majoritariamente, por fotografias que registram o movimento organizado pela comunidade acadêmica durante a intervenção determinada pelo governador Paulo Salim Maluf, ocorrida de 20 de outubro a 17 de novembro de 1981, fato que produziu uma grave crise na universidade. O momento reflete o início do processo de abertura política, quando intelectuais e políticos retornavam do exílio. Nesse contexto, a comunidade universitária reagiu organizando passeatas e atos de protesto contra os interventores nomeados pelo governador. A coleção contém imagens que mostram os debates com intelectuais e políticos, assembleias, apresentações de peças de teatro, alunos confeccionando faixas e cartazes e mutirões organizados para viabilizar a permanência das pessoas no campus universitário. Destacam-se as imagens da recepção feita ao interventor Paulo de Toledo Artigas no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), do enterro simbólico do então secretário de educação do estado, Luiz Ferreira Martins, e os atos que se estenderam pelas ruas da cidade de Campinas. Data(s): entre 20 out. 1981 e 17 de nov. de 1981. Dimensão e suporte: 1 calendário e 88 fotografias em preto e branco, 18x24 cm.
Descrição detalhada: ReDiSAP
A coleção Interviews Collection by Robert J. Alexander Papers reúne relevantes entrevistas coletadas por Robert Jackson Alexander (1918-2010), que foi um ativista americano, docente e estudioso das questões políticas, econômicas e pioneiro nas pesquisas sobre movimento sindical na América Latina. A partir de 1946, viajou e se engajou em diversos eventos na América Latina, Caribe e África, nos quais pode entrevistar líderes políticos e religiosos, trabalhadores, estudantes, intelectuais, militares e pessoas de vários outros segmentos da sociedade relacionados aos movimentos de esquerda, material que serviu de base para suas pesquisas acadêmicas. O AEL possui uma reprodução de parte das entrevistas, que tratam principalmente das relações de trabalho na América Latina e do socialismo, mas também abordam temas como agricultura, industrialização, economia, planejamento urbano e direito das mulheres. Incluem notas sobre o momento político vivenciado pelos entrevistados e discussões sobre a Europa, África, Ásia e Austrália. Contém ainda diversas entrevistas com comunistas, socialistas e trotskistas norte-americanos e com o pai de Robert, R. S. Alexander. Data(s): 1947-1996. Dimensão e suporte: 15 rolos de microfilmes contendo 213 entrevistas.
Descrição detalhada: ReDiSAP
Monsenhor Jamil Nassif Abib (1940- ) atualmente é pároco emérito e vigário paroquial da Catedral de Piracicaba, além de chanceler do Bispado da diocese. Ordenado sacerdote em 1966, assumiu compromissos eclesiásticos também nas cidades de Rio Claro e Santa Maria da Serra. Possui especialização em Museologia, Arquivologia e Arte Sacra, e mestrado em História. Foi por muitos anos membro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat). Como pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas para a História da Igreja no Brasil (CEPEHIB), atua nas questões ligadas à necessidade de definição de uma política cultural e documental voltada para os arquivos eclesiásticos. A coleção é formada por documentos em sua maioria de temática religiosa e filosófica, grande parte produzida pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), pelas dioceses e diversas pastorais (Pastoral da Terra, Pastoral do Índio, Pastoral da Família etc) ligadas à Igreja Católica no Brasil. No conjunto, destaca-se a temática da teologia da libertação, muito ligada no Brasil às comunidades eclesiais de base, comprometidas com demandas sociais. Data(s): Séculos XIX e XX. Dimensão e suporte: Artigos, cartazes, folhetos, periódicos, documentos textuais, revistas, livros e microfichas em quantidades ainda não avaliadas.
Descrição detalhada: ReDiSAP
Janaína Lima (1975-2021) foi uma travesti feminina, negra, militante dos movimentos LGBTQIA+, em especial na defesa dos direitos travesti e transexuais. Além de pedagoga, foi também educadora social, vendedora autônoma e profissional do sexo. Em seu arquivo constam mais de 30 palestras realizadas em torno do tema da travestilidade por diversos estados do país, tais como Bahia, Goiás, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, entre outros. Atuou na militância política como participante do Grupo Identidade de Campinas e fez parte do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade de São Paulo desde 19 de dezembro de 2012, sendo a primeira presidenta travesti do conselho no ano de 2014. Foi, ainda, membro da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Janaína faleceu no dia 3 de setembro de 2021, vítima de um ataque cardíaco. O acervo é constituído de material audiovisual, fitas, CDs e DVDs, e de documentação textual, livros, fotos, revistas e documentos pessoais da titular, como certificados e produções acadêmicas, além de objetos tridimensionais, tais como medalhas e objetos pessoais. Data(s): 2000-2021. Dimensão e suporte: 2 caixas-arquivos com documentação textual, 21 revistas, 19 livros, 9 fitas VHS, 1 DVD, documentos pessoais e 2 pastas em grande formato com fotografias, folders e objetos tridimensionais.
Descrição detalhada: ReDiSAP
Januário Garcia Filho foi um fotógrafo brasileiro, nascido em Belo Horizonte e radicado no Rio de Janeiro. Através de uma paixão pela imagem que carregava desde criança, quando teve seu primeiro contato com o cinema, o artista produzia, a partir de suas lentes, uma verdadeira memória documental do povo negro brasileiro. São 50 anos dedicados à profissão, com uma vasta produção que abrange mais de 100 mil fotos. O interesse pelo carnaval, pelas religiosidades ou, simplesmente, pelo cotidiano revelavam um olhar que buscava exprimir em registros a história de lutas e conquistas do movimento negro no Brasil. Garcia era uma figura importante que atuava no movimento, tendo participado da publicação de livros sobre a luta antirracista. No fotojornalismo, trabalhou na redação de importantes jornais, como O Globo, Jornal do Brasil e O Dia. Produziu também capas de discos de artistas, entre Leci Brandão, Chico Buarque, Raul Seixas e Belchior. O conjunto é constituído por documentos textuais, documentos pessoais, fotografias, livros, periódicos, cartazes, capas de CDs e vinis, materiais tridimensionais e multimídia produzidos e colecionados pelo titular ao longo de sua vida, tanto profissional quanto pessoal, e em sua participação no Movimento Negro. Data(s): [1971-2018]. Dimensão e suporte: 112 caixas-arquivo de documentação textual, entre livros, fotografias, documentos pessoais e materiais multimídia, 15 pacotes de livros especiais e materiais em grande formato, e 2 caixas-arquivo de materiais tridimensionais.
Descrição detalhada: ReDiSAP
Jessie Jane Vieira de Souza (1949- ), atualmente professora do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Colombo Vieira de Souza Júnior (1949-2021) eram militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) quando foram presos em 01 de julho de 1970, durante a tentativa frustrada de sequestro do avião Caravelle PP-PDX, da companhia Cruzeiro do Sul, no aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro. O objetivo da operação era fazer a troca dos reféns pela libertação e saída do país de 40 presos políticos. Junto do casal estavam também os irmãos Eiraldo e Fernando Palha Freire. Após o avião, já em solo, ser cercado e invadido por tropas especiais da Aeronáutica, Eiraldo Palha Freire foi baleado, vindo a morrer uma semana depois. Fernando Palha Freire, Jessie Jane e Colombo foram presos e condenados a mais de 20 anos de prisão. Jessie Jane e Colombo permaneceram durante nove anos nos presídios de Bangu e Ilha Grande; sofreram torturas no Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) e no Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica (Cisa). Em 1972, obtiveram autorização judicial para se casaram e, em setembro de 1976, nasceu Leta, filha do casal, na Clínica São Sebastião, Rio de Janeiro, sob vigilância policial e tortura psicológica. A coleção é composta por cópias datilografadas da correspondência trocada entre Jessie Jane Vieira de Souza e seu marido, Colombo Vieira de Souza, no período em que ambos estiveram na prisão. Data(s): 1970-1976. Dimensão e suporte: 136 documentos textuais, 1 positivo: p&b; 12x8cm.
Descrição detalhada: ReDiSAP
João Antônio de Souza Mascarenhas (1926-1998) foi um importante ativista pelos direitos humanos e civis dos cidadãos homossexuais no Brasil. Nascido em Pelotas, Rio Grande do Sul, graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade do Rio Grande do Sul (atual UFRGS). Em 1956, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde atuou como funcionário público e permaneceu a maior parte de sua vida. Seu primeiro contato com o ativismo ocorreu no início da década de 1970, através da leitura de publicações estrangeiras. Em 1977, organizou a vinda ao Brasil do autor e editor britânico Winston Leyland, da Gay Sunshine Press. Como efeito desse encontro, lançou com um grupo de escritores e intelectuais o jornal Lampião da Esquina (1978-1981), considerada a primeira publicação homossexual de grande circulação do país. No início de 1985, criou o grupo Triângulo Rosa (1985-1988), o qual se notabilizou pela defesa dos direitos e liberdades individuais dos homossexuais, e liderou uma forte campanha pela inclusão da proibição de discriminação por orientação sexual na Constituição de 1988. Em 1997, lançou o livro A tríplice conexão: machismo, conservadorismo político, falso moralismo, onde denunciou a corrupção e hipocrisia de muitos políticos que combateram a proposta. O conjunto contém documentos relativos à formação acadêmica e atividades profissionais de Mascarenhas, além de extenso material oriundo de sua militância, como recortes de jornais, correspondência, livros, folhetos e periódicos. Data(s): 1943-1998 (com lacunas). Dimensão e suporte: 2 metros lineares de documentação textual, 10 cartazes, 223 livros, 15 folhetos e 62 títulos de periódicos.
Descrição detalhada: ReDiSAP
João Apolinário Teixeira Pinto (1924-1988) foi um poeta e jornalista português. Aos 21 anos foi para a França como correspondente da agência espanhola de informações Logos, onde teve a oportunidade de frequentar a universidade Sorbonne e conhecer intelectuais e artistas como Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir e Antonin Artaud. Em 1950, João Apolinário fez parte do grupo de intelectuais que, reunidos por Manuel Breda Simões, viria a ser responsável pela criação do Teatro Experimental do Porto (TEP). Perseguido e preso pela polícia política da ditadura portuguesa, partiu para o exílio no Brasil em dezembro de 1963. Fixou-se na cidade de São Paulo, onde encontrou emprego no jornal “Última Hora”, do qual viria a ser redator, colunista, crítico de teatro e editor de variedades. Em sua crítica, Apolinário acompanhou e escreveu sobre o trabalho de importantes grupos teatrais do país, como o Teatro Brasileiro de Comédia, o Teatro de Arena e o Teatro Oficina. Em consonância com sua ideia de criação de uma política cultural para São Paulo, foi co-fundador da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em 1972, ano em que foi eleito presidente da entidade. Retornou a Portugal em 1975, onde viveu até sua morte, aos 64 anos, em 22 de outubro de 1988. O conjunto documental é constituído por críticas teatrais, análises de temporadas, ensaios e artigos produzidos por João Apolinário durante o período em que viveu exilado no Brasil (entre 1964 e 1974), além de grande quantidade de fotografias, programas de espetáculos, fichas técnicas e outros materiais relacionados a companhias teatrais do Brasil e do exterior. Data(s): 1964-1974. Dimensão e suporte: 1.053 documentos iconográficos (924 fotografias, 88 contatos, 39 negativos e 2 cartazes) e 439 documentos textuais (191 críticas teatrais).
Descrição detalhada: ReDiSAP
José Benedito Correia Leite (1900-1989) foi um dos mais importantes ativistas da imprensa negra do Brasil, aos 24 anos tornou-se um ativista, sendo co-fundador, com Jayme de Aguiar, do jornal “O Clarim”, que recebeu mais tarde o nome de “O Clarim d’Alvorada”, publicado de 1924 a 1932. Nascido em São Paulo, participou das atividades do Centro Cívico Palmares, integrou o Conselho da fundação da Frente Negra Brasileira (FNB) e foi um dos idealizadores e fundadores do Clube Negro de Cultura Social. Colaborou na fundação da Associação dos Negros Brasileiros (ANB) e foi editor do “Alvorada”, jornal da entidade, e quando, em 1956, foi fundada a Associação Cultural do Negro (ACN), Correia Leite exerceu a função de presidente do Conselho Deliberativo por quase 10 anos. Referência na militância negra brasileira, José Correia Leite tinha a preocupação de construir um diálogo com os pesquisadores que se debruçavam sobre a questão racial, colaborando com depoimentos e material bibliográfico para diversos trabalhos sociológicos e documentários cinematográficos. Aposentado, dedicou-se à pintura, fazendo uma exposição em 1978 e outra em agosto de 1983, na Galeria da Secretaria de Estado de Cultura de São Paulo. Correia Leite faleceu em 27 de fevereiro de 1989, em São Paulo, aos 88 anos de idade. O conjunto é constituído por documentos textuais, especialmente correspondências, além de fascículos físicos do jornal O Clarim d’Alvorada. Data(s): [1929-2007]. Dimensão e suporte: 1 caixa-arquivo e 10 pastas em grande formato de documentação textual e iconográfica.
Descrição detalhada: ReDiSAP
José Dirceu de Oliveira e Silva (1946- ) é um político brasileiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), ex-deputado estadual e federal pelo estado de São Paulo e ex-ministro-chefe da Casa Civil do Governo Lula. Natural de Passa Quatro, Minas Gerais, ingressou no curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo em 1965. Foi líder estudantil entre 1965 e 1968, ano em que foi preso com outros 738 estudantes pelos órgãos de repressão do regime militar, durante as atividades do XXX Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em setembro de 1969, deixou a prisão e o país na leva de 15 militantes de esquerda libertados em troca do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, sequestrado no Rio de Janeiro. No exílio, viveu em Cuba até 1975, quando voltou clandestino ao Brasil. Com a decretação da anistia em 1979, decidiu retornar à vida pública. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores em 1980, retomou o curso de direito interrompido em 1968, foi eleito deputado estadual (Constituinte 1987-1991) e deputado federal (1991-1995, 1999-2005). Foi ainda presidente nacional do PT (1995-2002) e um dos principais articuladores da campanha de Lula à presidência da República. O conjunto possui documentos relativos à trajetória política de José Dirceu no movimento estudantil e no Partido dos Trabalhadores, além de materiais e dossiês temáticos sobre os principais movimentos sociais do período. Data(s): 1960-1990. Dimensão e suporte: 29,23 metros lineares de documentação textual, 40 fitas de vídeo cassete, 396 títulos de publicações, 1.569 fotografias (126 duplicatas), 98 bottons, 1 chaveiro, 94 adesivos e 2 pastas contendo fotolitos.
Descrição detalhada: ReDiSAP