Apresenta o resumo de alguns conjuntos documentais para divulgação do acervo. Inclui link de acesso aos instrumentos de pesquisa e documentos digitalizados.
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Antônio Evaristo de Moraes (1871-1939) foi um advogado carioca que se notabilizou, principalmente, pela defesa de causas trabalhistas. Estudou gratuitamente no externato do Colégio São Bento, onde também trabalhou como professor de português, geografia e história. Em 1890, participou da construção do Partido Operário, primeira agremiação partidária de caráter socialista do Brasil. Também foi cofundador da Associação Brasileira de Imprensa, em 1908. Após trabalhar muito tempo como assistente em um escritório de advocacia, bacharelou-se em Direito aos 45 anos. Dentre suas mais significativas atuações no tribunal do juri, estão a defesa de João Cândido Felisberto, também conhecido como "Almirante Negro", um dos marinheiros rebelados na Revolta da Chibata em 1910; de Dilermando de Assis, autor do assassinato de Euclides da Cunha, em 1911; e do militante anarquista Edgard Leuenroth, punido por sua suposta liderança na greve geral de 1917. Em 1925, participou da fundação do Partido Socialista Brasileiro. Dedicado à causa trabalhista, integrou o Ministério do Trabalho em 1931, quando foram elaboradas a Lei de Sindicalização e as bases da legislação trabalhista que seria estabelecida durante o governo de Getúlio Vargas. A coleção é formada por microfilmes com cópias de publicações relativas às suas atividades profissionais e fotografias que retratam Evaristo de Moraes e familiares em eventos sociais e profissionais. Data(s): [entre 1910 e 1940]. Dimensão e suporte: 39 fotografias em papel, p&b, 18x24cm (possuem negativos de segunda geração, 35 mm, poliéster) e 2 rolos de microfilme.
Descrição detalhada: ReDiSAP
As Fazendas pertenciam à família carioca Rocha Miranda, proprietária de diversas empresas e companhias industriais e agrícolas no Rio de Janeiro e em São Paulo, no início do século XX. Em 1998, ao abordar o tema do nazismo em uma aula de História, o professor Sidney Aguilar Filho soube por parte de uma aluna que na fazenda de sua família foram encontrados diversos tijolos com o símbolo da suástica. O historiador iniciou suas pesquisas e descobriu que o símbolo também aparecia no gado e nos documentos administrativos. A pesquisa trouxe à tona o fato de Osvaldo da Rocha Miranda ter sido responsável pela transferência de 50 meninos, 48 deles “pretos ou pardos”, de um orfanato no Rio de Janeiro para as fazendas da família, onde foram submetidos a rotinas de trabalho sem remuneração, castigos físicos e impedidos de circular livremente. Em 2015, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico do Estado de São Paulo (Condephaat) efetivou o tombamento das antigas instalações da fazenda Cruzeiro do Sul, um acervo que reúne os registros oficiais probatórios dessa história de violações de direitos humanos. O conjunto reúne documentação das fazendas Cruzeiro do Sul, Santa Albertina e Reunidas. A maior parte dos documentos textuais é relativa à Fazenda Cruzeiro do Sul e constitui-se principalmente de documentos contábeis e administrativos. O volume maior dos documentos é de fotografias relativas aos animais e às instalações da fazenda. Data(s): 1922-1989 (predominante 1930-1950). Dimensão e suporte: 155 documentos textuais, 22 plantas, 5 mapas, 3 desenhos, 839 fotografias, 110 negativos fotográficos, 7 cópias contato, 52 cartões-postais e 5 tijolos.
Descrição detalhada: ReDiSAP
Fernando Sanchéz (1943-1977), também conhecido como “El Cura”, foi um militante político argentino, participante da organização Política Obrera (PO), de matriz trotskista. Estudou na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires (UBA) e, posteriormente, instalou-se na cidade de La Plata para construir a regional do partido. Em 1º de maio de 1975, enquanto chefiava uma delegação de solidariedade à greve dos metalúrgicos de Villa Constitución, foi detido e permaneceu meses preso no presídio Coronda. Após o golpe de estado do ditador Jorge Rafael Videla Redondo no início de 1976, passou a atuar na clandestinidade. Em 23 de setembro de 1977, foi detido novamente e mantido em cativeiro junto a outro companheiro militante, Gustavo Grassi (“Mondragón”). Ambos foram levados, primeiramente, ao Club Atlético e depois para a Escuela de Mecánica de la Armada (ESMA), conhecidos centros clandestinos de detenção e tortura durante a ditadura argentina. Apesar das inúmeras representações de seus familiares e da Política Obrera, os habeas corpus apresentados foram sistematicamente rejeitados. Ambos permanecem desaparecidos. A coleção é composta por recortes de jornais e revistas que retratam o movimento de trabalhadores, com predominância dos países da América Latina, folhetos de organizações de esquerda e publicações periódicas, em sua maioria da década de 1980. Data(s): [1970-1985] (com lacunas). Dimensão e suporte: 48 títulos de periódicos, 16 caixas-arquivo e 3 pastas em grande formato de documentação não avaliada.
Descrição detalhada: ReDiSAP
Francisco Paulo Gaona (1901-1980) foi professor, jornalista, militante sindicalista e historiador do movimento operário paraguaio. Atuou em sindicatos e associações de trabalhadores: foi secretário geral da Asociación Ferroviaria, subsecretário geral da Unión Obrera del Paraguay (1926), secretário geral da Confederación Nacional de Trabajadores (1936) e secretário geral da Confederación de Trabajadores del Paraguay (1939). Dedicou-se também a recolher documentos do movimento sindical e escreveu Introducción a la Historia Gremial y Social del Paraguay, obra fundamental para a história sindical e social do país. Na Argentina, Francisco Gaona teve também proeminente ação sindical e social. A coleção é composta por documentos impressos e fotocopiados, incluindo, pequena quantidade de correspondência, dossiês sobre questões políticas e sindicais no Paraguai, além de material sobre educação e legislação trabalhista e reforma agrária. Data(s): 1870-1979 (com lacunas). Dimensão e suporte: 4 rolos de microfilmes.
Descrição detalhada: RediSAP
A Fundación Pluma Para la Preservación y Difusión de la Tradición Socialista Morenista, mais conhecida como Fundación Pluma, foi formada por um grupo de militantes que tinha por objetivo preservar, difundir e coletivizar a história do movimento trotskista argentino e latino-americano, com foco na corrente morenista, a qual deriva de seu mais importante construtor e fundador, Nahuel Moreno (1924-1987). O nome Pluma trata-se de uma homenagem ao pseudônimo adotado por Leon Trotsky ao assinar diversos artigos. A coleção possui documentos referentes ao primeiro período organizacional trotskista na Argentina que vai da fundação do Grupo Obrero Marxista (GOM), em 1943, até o aparecimento do Partido Socialista de los Trabajadores (PST), em 1972. Inclui também o segundo período, desde o início do Movimiento al Socialismo (MAS), em 1982, até maio de 1992; documentação referente aos distintos períodos da Quarta Internacional (SU-QI); materiais de congressos, debates, tendências e campanhas, bem como a documentação de parte da construção da Liga Internacional de los Trabajadores (LIT-Quarta Internacional). Contém ainda publicações e documentos de diversas organizações trotskistas de outros países. Data(s): [1944-1992, com lacunas]. Dimensão e suporte: 237 caixas-arquivo, 133 pastas, 77 pastas em grande formato, 2 pastas de fotografias, 185 VHS, 25 DVD's, 339 fitas cassete, 1 fita de rolo, 64 encadernados de periódicos, 15 fascículos de periódicos e 2 livros.
Descrição detalhada: ReDiSAP
O Geledés – Instituto da Mulher Negra foi fundado em 1988, na cidade de São Paulo, por um grupo de 10 mulheres: Sueli Carneiro, Solimar Carneiro, Sônia do Nascimento, Edna Roland, Maria Lúcia da Silva, Ana Maria da Silva, Deise Benedito, Elza Maria da Silva, Eufrosina de Oliveira e Lúcia Bernardes de Souza. Estando ainda em plena atividade, é uma organização política de mulheres negras que tem por missão institucional a luta contra o racismo e o sexismo, a valorização e promoção das mulheres negras, em particular, e da comunidade negra em geral. Enquanto organização não governamental, o Geledés tem atuado em parceria com diversas agremiações da sociedade civil organizada e interferindo na definição de políticas públicas que objetivem a eliminação das discriminações sofridas por mulheres e negros na sociedade brasileira. O conjunto é composto por documentos acumulados durante 33 anos de existência da organização, e que registram vários aspectos das trajetórias e lutas de mulheres negras, com destaque para os temas saúde da mulher negra e direitos reprodutivos; machismo e violência doméstica; direitos humanos; educação; as articulações com outros movimentos de mulheres no Brasil e na diáspora; lutas por cidadania e direitos da população negra em geral. Contém produções textuais, boletins, correspondência, materiais de eventos, faixas, banners e centenas de cartazes. Data(s): 1988-2019. Dimensão e suporte: 110 metros lineares de documentação, em sua maioria textual e iconográfica (cartazes).
Gilberto Mathias (1949-1987) foi professor universitário e militante de esquerda, nascido em São Paulo. Ainda jovem, iniciou sua participação política no Partido Operário Comunista (POC), onde dirigiu as atividades de divulgação e imprensa junto ao setor operário, além de ter sido diretor regional do POC-São Paulo. Era aluno da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP) quando entrou para a clandestinidade em junho de 1969, seguindo para Paris no mesmo ano, onde viveu até sua morte. Cursou Sociologia na Universidade de Paris VIII e lecionou Economia na Universidade de Paris-I. Em 1974, tornou-se colaborador da revista francesa Critiques de l’Économie Politique, inicialmente com o pseudônimo de Fernandes, e publicou também em diversas revistas latino-americanas. O conjunto reúne documentos das organizações de esquerda às quais Gilberto Mathias esteve ligado e que atuaram na clandestinidade no Brasil, no período entre 1960 e 1975. Contém comunicados, textos e publicações mimeografadas, panfletos e correspondência destas organizações. Reúne também documentos relativos às campanhas internacionais de ajuda aos presos políticos, bem como periódicos das organizações e outros de temas afins. Data(s): 1960-1979 (período predominante). Dimensão e suporte: 24 pastas de documentação textual, 4 títulos de periódicos e 1 cartaz.
Descrição detalhada: ReDiSAP
O Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio foi fundado em 04 de maio de 1928, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo, por um grupo de funcionários da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro (posteriormente, Fepasa), da qual, inclusive, receberam apoio para tal fim. Idealizado por Alfredo Gonçalves, negro e ferroviário, sua criação veio atender às necessidades dos cidadãos negros por ambientes de convivência e sociabilidade na cidade. Além disso, o Grêmio Flor de Maio também se ligou à questão racial participando de protestos locais e elaborando eventos culturais ao longo do século XX. A partir de 1937, sediou uma escola que funcionava em parceria com a prefeitura. Teve várias sedes, sempre alugadas, e somente nos anos 1940, o então prefeito Luiz Augusto de Oliveira fez a doação de um terreno para a construção da atual sede, que foi tombada em 17 de novembro de 2011. Atualmente, sedia apresentações e espetáculos e também agrega grande número de pessoas brancas. O conjunto documental reúne documentos textuais, audiovisuais e iconográficos referentes à organização e funcionamento do Grêmio Recreativo Familiar Flor de Maio e aos eventos por ele organizados. Data(s): 1928-2012 (com lacunas). Dimensão e suporte: 368 documentos: 13 textuais,15 audiovisuais e 340 iconográficos.
Descrição detalhada: ReDiSAP
A história do Grupo Ação Lésbica Feminista (GALF) começa a se delinear em fevereiro de 1979, quando mulheres lésbicas passaram a frequentar as reuniões do Grupo SOMOS, coletivo militante homossexual pioneiro da cidade de São Paulo. Dois meses depois, em abril, produziram um artigo para o jornal Lampião da Esquina, com o título “Nós também estamos aqui”. Em seguida, devido à necessidade de se priorizar as discussões exclusivamente lésbicas e episódios de machismo vivenciados nos subgrupos mistos do SOMOS, foi criado o subgrupo Lésbico-Feminista, em junho do mesmo ano. A partir de então, suas integrantes desenvolveram uma série de atividades autônomas e em associação ao movimento feminista: produção do roteiro lésbico da cidade de São Paulo; participação na II Semana Feminista de Campinas; reuniões de organização do II Congresso da Mulher Paulista; além de participarem de diversos encontros do movimento homossexual. No entanto, divergências internas no SOMOS levaram o subgrupo a declarar sua autonomia em maio de 1980, dando início ao Grupo Lésbico-Feminista (LF). O GALF surgiu oficialmente em outubro de 1981, organizado pelas remanescentes do LF Míriam Martinho e Rosely Roth. Publicou o importante e representativo periódico Chanacomchana. O conjunto contém documentos de fundação e histórico do grupo, atas de reuniões, material de divulgação de eventos, correspondência, recortes de jornais, textos diversos e periódicos. Data(s): 1979-1990 (com lacunas). Dimensão e suporte: 5 pastas de documentação textual, 8 cartazes e 4 títulos de periódicos.
Descrição detalhada: ReDiSAP
O Grupo Outra Coisa – Ação Homossexualista foi fundado em maio de 1980 por membros dissidentes do Grupo SOMOS, coletivo militante homossexual pioneiro da cidade de São Paulo. Alguns integrantes discordavam de um possível alinhamento do SOMOS a organizações político-partidárias e defendiam uma atuação que se ativesse, exclusivamente, às questões relacionadas à experiência homossexual. Sendo assim, em reunião geral realizada no dia 17 de maio de 1980, foi feita a leitura de uma carta onde comunicou-se a saída de nove pessoas, entre as quais José Bonachera Melgar e o jornalista Antônio Carlos Tosta. Já formado, o Outra Coisa se uniu aos grupos Eros (São Paulo) e Libertos (Guarulhos) para constituir uma frente denominada Movimento Homossexual Autônomo (MHA), de curta duração. Em 1982, foi o grupo paulista que primeiro divulgou informações sobre a AIDS, publicando cartilhas e orientações de prevenção da nova doença. Também participou de importantes ações e eventos em associação com outros grupos do movimento homossexual. O conjunto é constituído por documentos relativos às atividades de organização e funcionamento do grupo, tais como: carta de fundação, histórico, anotações de reuniões internas e planejamento, correspondência, textos diversos e material de publicação do guia gay O Bandeirante Destemido. Também agrega registros do MHA, cartazes, coletânea de artigos de jornais e revistas sobre temas relacionados à homossexualidade, livros e periódicos. Data(s): 1980-1984. Dimensão e suporte: 56 pastas de documentação textual, 119 cartazes, 18 títulos de periódicos, livros e fitas de áudio em cassete.
Descrição detalhada: ReDiSAP