Peter Henry Fry (1941- ) é um antropólogo e pesquisador brasileiro, nascido na Inglaterra, e um dos colaboradores na fundação do Departamento de Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), juntamente com Verena Stolcke e Antônio Augusto Arantes. Graduado em Antropologia Social pela Universidade de Cambridge em 1963, defendendo sua tese de doutorado na Universidade de Londres em 1969, veio para o Brasil em 1970, permanecendo na Unicamp até 1983, período em que lecionou, foi chefe do então denominado Conjunto de Antropologia e ajudou a criar o programa de mestrado em Antropologia Social da universidade. Ainda durante esse tempo, desenvolveu pesquisas sobre a Umbanda e o Cafundó, esta última uma comunidade de negros ex-escravizados, e se engajou na militância do incipiente movimento homossexual brasileiro, tendo sido um dos fundadores do jornal “Lampião da Esquina”. Trabalhou também como representante e diretor do escritório da Fundação Ford no Rio de Janeiro, atividade que o levou para Harare, no Zimbábue, em 1989. De volta ao Brasil em 1993, passou a lecionar no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, onde permaneceu como professor titular até sua aposentadoria, em 2009. Na Associação Brasileira de Antropologia (ABA), ocupou os cargos de tesoureiro, vice-presidente e editor do jornal da entidade. O conjunto é constituído principalmente por documentos produzidos e acumulados por Peter Fry durante o período em que lecionou na Unicamp, abrangendo suas atividades de ensino, pesquisa e demais funções administrativas. Dentre os livros, destacam-se importantes obras africanistas e de temas como raça, gênero e sexualidade. Data(s): 1965-2015 (predominante 1970-1985). Dimensão e suporte: 989 documentos textuais (69 pastas), 18 documentos iconográficos (3 cartões-postais, 5 fotografias e 10 negativos) e 3.300 livros (aproximadamente).